quinta-feira, 2 de junho de 2011
É urgente o amor.
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
In Eugénio de Andrade
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Linda musica e lindo poema!
ResponderEliminarEugénio de Andrade é um dos meus escritores favoritos (dos poucos que conheço!).
ResponderEliminarEste poema só demonstra que as necessidades do passado ainda não são tão diferentes do presente. Será que o futuro será diferente? Temos que ser nós a muda-lo!