terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

RIOS DA ALMA



É nos invisíveis rios da alma
Que te revejo e esculpo
Como se fosses mármore
Trabalhado na brandura
Da minha calcinada fúria
É no silêncio das palavras
Que falo em surdina
Do que penso e não digo
É lá que te encontro
Que te perco
Que te beijo
Que te mato
Que te esqueço
Para de novo renasceres!
É nos invisíveis rios da alma
Que afago todas as amarguras
Como se fosses a branca espuma
Dos meus olhos desfigurados
Cansados de te procurar
É na deprimência das lágrimas
Que te revejo e desfaço
Como se fosses um terrível nó
Que já não quero desatar!


Vóny Ferreira

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